Como surgiram os santinhos políticos
Santinhos políticos uma breve história de como surgiram
Santinhos são pequenos cartões impressos que retratam devoções católicas, produzidos em massa para o uso dos seguidores religiosos.
Eles representam tipicamente uma cena religiosa ou um santo em tamanho reduzido, para facilitar o transporte e a coleção, e no verso podem apresentar orações, dedicatórias ou homenagens.
A circulação de tais santinhos é um importante meio de divulgação cultural religiosa para os católicos. Pinturas religiosas, antigas ou modernas, têm servido de tema para os santinhos, ao longo dos séculos.
Histórico
Antigas representações de cenas religiosas, inicialmente através de xilogravuras, tinham a mesma função dos santinhos; os mais antigos exemplos que sobreviveram datam de 1423, e são pintados à mão, representando São Cristóvão.
Posteriormente, gravuras ou água-fortes foram usadas, alguns trabalhados e com bordas rendadas.
A invenção da litografia colorida ofereceu a possibilidade de reproduzir figuras coloridas com custo mais acessível, aumentando a circulação dos santinhos entre a população.
Um dos centros de manufatura de santinhos, inicialmente, foi a Eglise Saint-Sulpice, em Paris; Bélgica e Alemanha também se tornaram centros de manufatura, assim como a Itália, no século XX.
Graficas católicas, tais como “Bayard Presse”, na França, e “Ars Sacra”, na Alemanha, produziram santinhos em larga escala, sendo divulgados através de diversos países.
No fim do século XIX, alguns protestantes tentaram seguir a mesma ideia e oferecer imagens similares sobre suas crenças.
Eles produziram santinhos com litografias retratando histórias bíblicas e parábolas, e no verso traziam um pequeno sermão.
Objetivo
O objetivo primeiro do santinho é a divulgação da fé católica, promovendo, em especial, a veneração a determinado santo. Eventos religiosos especiais podem ser marcados com a divulgação de santinhos alusivos à data comemorativa, de forma a manter na cultura popular a lembrança sobre o evento.
Um outro objetivo seria a lembrança associada à devoção.
Os católicos costumam imprimir santinhos nas gráficas e distribuí-los em funerais, como lembranças, eventualmente com uma fotografia da pessoa falecida no verso.
Há, também, o costume de imprimi-los e distribuí-los como lembranças de batismos, primeira comunhão, crisma, casamentos, formaturas e outras datas comemorativas. Outro uso para o santinho seria o pagamento de promessas, em que o religioso financia e promove a divulgação do santo de sua devoção, em retribuição a uma graça concedida.
O verso do santinho pode apresentar, eventualmente, palavras de uma oração, dedicatórias, homenagens, agradecimentos ou uma alusão a uma comemoração.
Santinho Político
No contexto da política partidária, santinho é uma propaganda impressa com informações como nome do candidato e seu número, distribuída nas vésperas de uma eleição, Na chamada boca de urna.
O nome santinho aparentemente vem de uma prática relacionada à Igreja Católica. Antigamente os padres distribuíam pequenos papeis com imagens coloridas de santos, que eram chamados, na época, de “Santinho”.
O dicionário Houaiss[1] confirma que uma das acepções da palavra é: “Rubrica: política, publicidade. Regionalismo: Brasil. Uso: informal. Pequeno prospecto de propaganda eleitoral com retrato e número do candidato a cargo público. O tamanho padrão usado para está arte é de 65x90mm.
Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Santinho
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