O que a publicidade ganha com o sucesso de Pokemon Go?
Pouco tempo após o lançamento, já podemos dizer que as previsões se confirmaram. O jogo Pokemon Go foi um sucesso. Uma sacada que colocou a Nintendo no centro da cena gamer mundial. Só para você ter ideia do que se trata, veja o vídeo abaixo.
Sim! Todas aquelas pessoas estão jogando e a muvuca aconteceu porque surgiu na região um pokemon raro chamado Vaporeon.
Qualquer pokemaníaco sabe a dificuldade para conseguir essa forma evoluída do Eeve, mas se você não está entendendo muita coisa, é interessante ler os dois parágrafos seguintes e ficar sabendo como tudo funciona. Caso você já conheça, pode pular esses dois.
O que é Pokemon?
Pokemon é uma franquia de games que surgiu lá no tempo do Game Boy Pocket (uns 10 anos, no mínimo). O jogador controla um personagem que desbrava o Mundo Pokemon onde, obviamente, é repleto de Pokemons que podem ser capturados.
Depois da captura, é preciso treiná-los e colocá-los para brigar com os de outros treinadores, igual uma rinha de galos, porém com os monstrinhos no lugar das aves. Conforme o jogo avança, essas criaturas evoluem e ganham novas habilidades.
Na época, Pokemon foi uma “febre” e virou desenho, filme, camiseta, cards, boneco, cadernos e mais uma variedade de coisas que bateram firme no bolso de papai e mamãe. Depois de um tempo, essa “febre” morreu, porém, o último título lançado pela Nintendo, o Pokemon Go, parece ter trazido essa “febre” de volta.
Qual foi a novidade?
Acontece que nos outros títulos, o jogador sempre controlava um personagem dentro do Mundo Pokemon. Essa fórmula já estava batida e a Nintendo resolveu inovar ao dar uma boa carga de realismo.
O jogador baixa o game em seu smartphone e se conecta ao servidor que mantém o registro de todos jogadores. Esse servidor, por sua vez, recorre o sistema de geolocalização para distribuir os pokemons em determinados lugares, cabendo ao jogador utilizar o GPS para se dirigir até o local em que o monstrinho está e então capturá-lo.
Pokemon Go inverte a lógica gamer porque enquanto os principais jogos online se baseiam em um mundo digital no qual personagens digitais são controlados por jogadores reais, cada qual no conforto de sua casa, o título da Nintendo transforma o mundo real no ambiente do jogo e encarna o próprio jogador como sendo o personagem.
Uma espécie de realidade alternativa. A empresa já marcou um golaço quando havia lançado o Wi, e o sucesso de Pokemon Go também vai desencadear uma tendência no setor.
Em pouco tempo, as concorrentes Sony e Microsoft estarão apresentando algo semelhante, além do surgimento de uma infinidade de jogos e aplicativos independentes. Ao pensar na mistura dos recursos GPS com os óculos de realidade virtual, as coisas ficam bem empolgantes, ou preocupantes. Vamos torcer para que a qualidade da internet no Brasil melhore até lá.
E o que a publicidade tem a ver com isso?
Atualmente, a publicidade online tem algumas ferramentas parecidas com as usadas no jogo. O Facebook, por exemplo, é capaz de traçar a localização de uma pessoa e gerar publicidade com base nesta informação. Por volta das 11:00, essa pessoa pode receber em sua timeline sugestões de restaurantes e lanchonetes próximas.
A questão é não subestimar o sucesso do jogo, pois ele vai além do segmento gamer quando traz aquilo que realmente deve ser pensado. O sucesso da técnica.
Conforme a localização em tempo real vai adquirindo importância, novas possibilidades surgem no ambiente publicitário trazendo consigo novos desafios. A Nintendo está fazendo milhares de pessoas perseguirem Pokemons. Será que os publicitários conseguem fazer alguém perseguir um cupom de desconto?
Pokemon Go pode ser considerado não apenas um marco na história dos games, mas um marco na relação entre ambiente real e digital. O game inaugurou uma tendência que em pouco tempo chegará nas agências de publicidade.
Fonte:
http://plugcitarios.com